O deputado estadual Max Russi (PSB) fez duras críticas ao Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e chegou a sugerir que a instituição participa de uma máfia para encarecer preços de cirurgias e procedimentos médicos na região. Ele se refere ao sul do Estado. As declarações foram dadas durante a sessão matutina da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na quarta-feira (7). Os procedimentos são feitos em Rondonópolis.
De acordo com Russi, o CRM-MT tentou derrubar um contrato firmado com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) com o Consórcio Regional de Saúde (Coress/MT). O acordo objetiva zerar a fila de procedimentos médicos por meio do programa Fila Zero e abrange 18 municípios da região sul.
"O governo lançou uma tabela de preços, tentou contratar os profissionais de lá na região. Ninguém quis fazer pelo preço da tabela. Aí uma empresa de Cuiabá aceitou fazer o serviço. Entraram lá estavam resolvendo a questão fazendo as cirurgias da fila e atendendo a população", detalhou o parlamentar.
Segundo Russi, diante do andamento do programa, "o Conselho Regional de Medicina chama a Santa a Casa e fala o seguinte que não pode continuar e que tem que pagar uma dívida com os profissionais da região", denunciou o deputado.
Russi emendou que o Ministério Público do Estado (MP-MT) deu parecer para manter o contrato e continuar as cirurgias. "Felizmente o MP está atuando junto nesse caso e pediu que mantenha o contrato e a realização dos serviços. Um absurdo que o Conselho faça isso. Tem alguma coisa muito grande por trás disso. Espero que o CRM não vá cassar a licença desses médicos por estarem fazendo seu trabalho", cobrou.
"Estamos atrasados na nossa região e porque isso está acontecendo? Porque existe uma máfia que quer fazer as cirurgias no particular, ganhando dinheiro. Cobram R$ 800 mil numa liminar para fazerem essas cirurgias. Então não quer que o sistema dê certo e a população seja atendida", desabafou.
Programa Fila Zero
O programa Fila Zero, do governo de Mato Grosso, tem o objetivo de reduzir a espera por procedimentos eletivos em Mato Grosso por meio de parcerias. Conforme informações da SES, até dezembro 240 mil procedimentos eletivos foram aprovados ou estavam em execução, com um investimento que cerca R$ 194 milhões nesta iniciativa.
Fonte: GAZETA DIGITAL