Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou medidas de apoio aos produtores do agronegócio, que foram impactados com a quebra da safra esse ano. O "pacote de socorro" vinha sendo cobrado pela categoria e por representantes do setor produtivo, como a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
No evento, Fávaro confirmou que o governo Federal vai viabilizar a repactuação de dívidas de produtores que enfrentaram dificuldades na produção por conta das condições climáticas no país.
"Recebi, por determinação do presidente Lula, a incumbência de trazer uma notícia a todos os produtores e produtoras de soja, milho, pecuária bovina e de leite do Brasil. Os investimentos que vencem no ano de 2024 serão prorrogados de acordo com os contratos. Vamos também criar uma normatização para que os custeios dos bancos públicos cumpram as normativas do crédito rural e sejam todos prorrogados de acordo com a necessidade do produtor brasileiro", disse na segunda-feira (18)
Conforme noticiou o , a falta de chuvas impactou na produtividade e a situação fez com que produtores de Mato Grosso e de outras regiões do país ligassem o "alerta vermelho". Mesmo sim, Fávaro descartou que o setor produtivo enfrente uma crise em 2024
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, disse que a produtividade caiu cerca de 20%, enquanto os agricultores viram a cotação da soja despencar.
"Essa crise, somada a queda de produção e os preços baixos, fez com que acontecesse algo atípico. Os números do Imea falam em custos de produção em 62 a 63 sacas por hectare. E, tivemos produtores acostumados a colher 70 sacas, que colheram 10, 20, 30 sacas. Diante desses números do Imea, a 'conta não fecha', por isso fizemos essa carta ao Mapa", disse Lucas.
Fávaro, por sua vez, afirmou que a União articula para implementar uma linha dolarizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo ele, foram disponibilizados mais de R$ 3 bilhões em cerca de 2 mil operações.
"O governo está do lado dos produtores. Continuaremos investindo. O legado é agricultura forte para o bem do Brasil", disse.
Fonte: GAZETA DIGITAL