O auxiliar administrativo, Caio Aparecida Pereira dos Santos, é um homem trans que está grávido de 7 meses. Como sempre sonhou em ser pai, a gestação foi planejada. O que Caio não esperava, é que encontraria tanta dificuldade em conseguir atendimento médico na rede de saúde pública em Campo Grande (MS), onde mora.
O paciente retificou o gênero para "masculino" em todos seus documentos pessoas, inclusive na certidão de nascimento. Por isso, o sistema de regulação da Secretaria Municipal de Campo Grande (Sesau), não permite que Caio realize os exames de pré-natal no Hospital Universitário, já que está disponível apenas para pessoa com gênero "feminino".
"Fui encaminhado do posto de saúde do bairro para o HU (Hospital Universitário) falando que seria mais fácil por ter um ambulatório trans. Chegando aqui, já na primeira consulta foi passada o ultrassons pra eu fazer e quando eu fui agendar, disseram que não poderia agendar devido meu sexo estar masculino nos meus registros", relatou Caio.