Em entrevista nesta quinta-feira (25), o governador Mauro Mendes defendeu uma intervenção do governo do Estado na Prefeitura de Cuiabá, não apenas na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), após relatos de caos com a superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O tema intervenção ganhou força, novamente, esta semana por contas das unidades de saúde lotadas, ameaças de greve e notificação do Ministério Público do Estado (MPMT) para que Cuiabá cumpra acordo de repasse mais R$ 15,5 milhão à pasta.
"Estadualizar o HMC e o São Benedito está fora de questão, agora, se quiserem uma intervenção na prefeitura para tirar essa conversa de vez, eu topo. [...] Não podemos passar a mão na cabeça dos incompetentes e dos desonestos", disse Mauro.
Nessa quarta-feira (24), foi realizada uma reunião com representantes da SMS e da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES), para discutir maneiras de atenuar o problema. Eles chegaram cogitar a criação de um centro de triagem, onde os pacientes serão redirecionados a outras unidades de saúde, de acordo com seu estado clínico.
Sobre o problema, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União) defendeu que Estado assuma de novo a Saúde. Já o governador lembrou que a situação estava melhor quando o Estado administrava a pasta.
"Foi feito uma intervenção em Cuiabá, os Poderes todos reconheceram que a Saúde melhorou, 4 meses depois a saúde piorou violentamente, o que fazer? Deixar a população sofrer ou tomar uma decisão mais drástica?", questionou Mendes.
O prefeito já defendeu a estadualização apenas do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e do Hospital São Benedito. Porém, Mauro quer uma decisão mais drástica, "uma intervenção na própria prefeitura, já que está se mostrando ineficiente e incapaz de gerir a saúde".
Fonte: Gazeta Digital