Capitão dos Bombeiros é preso desviando doações destinadas ao Rio Grande do Sul

O capitão, que colaborava com a Defesa Civil do Paraná na recepção e na distribuição dos donativos, desviava os produtos para venda em comércios locais

Por No Hall Notícias em 01/06/2024 às 20:07:38

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, prendeu um capitão do Corpo de Bombeiros em uma distribuidora de bebidas no bairro Uberaba, em Curitiba. O militar foi flagrado descarregando fardos de energético que haviam sido desviados de doações destinadas às vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul.

Além dos energéticos, a operação encontrou roupas, eletrônicos e instrumentos musicais que também teriam sido desviados.

Segundo o Ministério Público do Paraná, ainda não há confirmação se todos esses itens seriam destinados ao Rio Grande do Sul, mas, em princípio, foram doados pela Receita Federal para ajudar a população afetada pelas enchentes.

O capitão, que colaborava com a Defesa Civil do Paraná na recepção e na distribuição dos donativos, desviava os produtos para venda em comércios locais.

"A equipe do Gaeco flagrou o momento em que, após a saída dos recrutas do Exército, o capitão estacionou uma camionete no local que guardava donativos e a carregou com fardos de energético. Ele seguiu, então, com destino à distribuidora de bebidas, onde foi preso quando descarregava os energéticos", diz nota do Ministério Público.

As investigações também apontam para o envolvimento de um suposto tio do capitão, que foi detido.

Doações estariam sendo comercializadas na internet

As autoridades investigam dois barracões da Defesa Civil, localizados em Piraquara e na Vila Guaíra, que seriam alvo do grupo criminoso. Houve sumiço de material em ambos os locais, e há suspeitas de que as doações estivessem sendo comercializadas pela internet.

Durante a operação, um revólver não regularizado foi apreendido. O capitão deve ser denunciado por peculato, enquanto o tio será acusado de receptação. As investigações continuam para determinar a extensão do esquema e identificar outros possíveis envolvidos.


Fonte: Revista Oeste

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