A família Kuhn vai pedir a restituição dos bens que não têm qualquer referência com o objeto de investigação e que foram apreendidos pela Polícia Federal na casa dos familiares da primeiradama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), durante a operação Miasma. Foram alvos desta ação, que investiga fraude em licitação para contratação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ernani Rezende Kuhn, Camila Nunes Guimarães Kuhn, Antônio Ernani Kuhn e a esposa dele, Claudeny Martins Rezende Kuhn.
De acordo com a defesa do casal Ernani Rezende Kuhn e Camila Nunes Guimarães Kuhn, representada pelos advogados Valber Melo, Gerson Rivera, Joaquim Felipe Spadoni e Jorge Luiz Miraglia, foram levados objetos que não têm qualquer relação com as investigações. Outro ponto levantado é que as imagens divulgadas à imprensa, referentes aos veículos e à residência do empresário, representam uma violação ao sigilo das investigações. Esses bens não têm relação com a investigação e não sofreram apreensão ou constrições.
A defesa pontua ainda que, sobre a locação de ambulâncias, único fato investigado que menciona o empresário, a empresa dele apenas locou veículos a outra empresa contratada pela Prefeitura de Cuiabá. Trata-se de uma relação contratual privada e legal entre duas pessoas jurídicas. Todas as locações foram devidamente realizadas, e o empresário possui toda a documentação que comprova sua atuação lícita.
Já o advogado do irmão e da cunhada da primeira-dama de Cuiabá, Riuji Kamachi, apontou que houve apreensão de alguns objetos que não constavam no mandado. "Estamos aguardando a finalização do inquérito para realizar a defesa cabível", afirmou. E questionou a apreensão da arma. "Antônio Ernani possui todas as documentações necessárias que comprovam a regularidade da arma!
Ele estava em viagem e chegou no momento em que a polícia entrava em seu apartamento. Ele foi conduzido apenas, não preso", frisou.
Kamachi pontuou ainda que Antônio Ernani é proprietário das empresas Azul Transportes, Granthur Turismo, Clautur Viagem e Turismo, operando de maneira legal e transparente, embora estejam em recuperação judicial, passando por grave crise financeira. Vale ressaltar que a empresa Granexpress, objeto de busca, foi vendida há mais de dois anos.