Após ensaiar uma candidatura a prefeito de Cuiabá, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO) em Cuiabá, Ricardo Tomaz Neto, decidiu se lançar como candidato a vereador na capital mato-grossense. O seu pedido de registro ocorreu na quinta-feira (15), último dia permitido para o pedido.
O GD apurou que o partido não realizou nenhuma ratificação da ata registrada na Justiça Eleitoral, que teria aprovado sua candidatura a prefeito e tendo como vice Cesar Araújo (PCO), além de lançar candidaturas a vereador em Cuiabá.
Ricardo Tomaz Neto tem 29 anos e é natural de Uberlândia (MG). Ele possui nível superior completo e não declarou seu patrimônio. Ele participaria de várias entrevistas como candidato a prefeito, que deverão ser canceladas. Com isso a capital mato-grossense terá 4 candidatos ao Palácio Alencastro: Eduardo Botelho (União), Abílio Brunini (PL), Lúdio Cabral (PT) e Domingos Kennedy (MDB).
O PCO é um partido considerado de extrema-esquerda no meio político. Fundado em 1995, após a expulsão de uma corrente de militantes do PT, o grupo se dividiu em duas organizações: o PCO e o PSTU. A sigla não possui Fundo Partidário e Eleitoral por não ter nenhum representante no Congresso Nacional.
Também é crítico ao PT e não apoia o governo Lula. Nos últimos anos, vem viralizando suas posições políticos em alguns temas.
Recentemente a sigla saiu em defesa do bilionário Elon Musk, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reagir às críticas do empresário. "Alexandre de Moraes é pior que Elon Musk", escreveu em seu perfil na rede de Musk. "O PCO não defende bilionário, defende a liberdade de expressão. Quem defende a censura é que defende os bilionários", disse o perfil da sigla no X (antigo Twitter).
O presidente nacional do PCO, Rui Pimenta, também ganhou simpatia da direita ao defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os presos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro."Bolsonaro sofre perseguição política e jurídica", disse em entrevista à Revista veja.
O partido também ganhou destaque em 2018, quando soltou uma resolução partidária defendendo o jogador brasileiro Neymar. Segundo o PCO, a "esquerda pequeno burguesa" – fazendo coro com a imprensa burguesa e com capitalistas do futebol europeu que querem dominar o futebol brasileiro – tem "tara por criticar Neymar".
"O imperialismo nunca se contentou em deixar o Brasil neste posto, de melhor do mundo, de celeiro dos melhores jogadores do mundo, pois pretende que tudo isso seja, também, como todo resto, dos poderosos capitalistas. Por isso a campanha contra Neymar, contra a seleção, contra o futebol brasileiro", diz trecho do documento.
Fonte: Gazeta Digital