Após ficar de fora do segundo turno na disputa em Cuiabá, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Eduardo Botelho (União) evitou polemizar a declarações do chefe da Casa Civil Fábio Garcia, que afirmou que se "o candidato fosse ele, o resultado seria diferente".
Ao retomar os trabalhos na Casa de Leis nesta terça-feira (8), Botelho foi questionado sobre o posicionamento do aliado político, mas desconversou. "Não posso avaliar essa declaração dele. Acho que nós entramos em um momento de polarização. Quem é de esquerda, votou na esquerda, quem é de direita, votou na direita. Aqueles que estavam convictos que nós éramos verdadeiros para Cuiabá, votou em nós. Entramos no meio de um furacão polarizado", disse.
O pano de fundo para a discussão se dá porque Fábio Garcia era considerado o "favorito" para assumir a disputa pela Prefeitura de Cuiabá.
No entanto, após intensas negociações e quedas de braço, Botelho conseguiu convencer o governador Mauro Mendes (União) a apoiá-lo. Na época, a decisão também levou em consideração as pesquisas internas, que apontavam o presidente da Assembleia com maior vantagem em relação ao chefe da Casa Civil.
Após a votação, Botelho, que até então aparecia em primeiro lugar nas pesquisas, ficou de fora do segundo turno, que será disputado por Abilio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT).
Nesta segunda-feira (7), Garcia ainda declarou apoio para o liberal no segundo turno. Botelho, por sua vez, afirmou que é direito de seu aliado apoiar qualquer candidato, já que agora ele está fora da disputa. "Acabou o primeiro turno, eu não estou no segundo. Ele evidentemente está liberado para tomar as decisões dele. Ele ajudou muito, participou muito, ajudou a orientar o marketing e todos os programas", disse.
Ao final, o chefe do Legislativo ainda disse estar tranquilo por ter feito o dever de casa. "Estou muito alegre, muito contente. Estou feliz por ter feito o dever de casa", finalizou.
Fonte: Gazeta Digital