O governador de MT, Mauro Mendes (UB), provocou muitas gargalhadas de jornalistas que participaram de um café da manhã com ele no Palácio Paiaguás, nesta quarta (20). Ao comentar sobre a disputa interna no União Brasil entre o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, e o secretário-chefe da Casa Civil, deputado federal Fábio Garcia, Mauro usou o bom e velho estilo sincerão de sempre. "Nunca vi tanta gente querendo brigar por uma coisa tão ruim [ que é a prefeitura de Cuiabá ], com aquele rombo de R$ 2 bilhões no caixa", disse aos risos.
Questionado sobre sua escolha para ser o nome do partido na disputa pelo Alencastro, o governador tergiversou, mas admitiu que teria "compromisso" com Garcia, sem no entanto, fechar a porta para uma mudança nos planos e, até mesmo, uma composição. Essa, pelo menos, foi a impressão que ficou.
"É muito cedo, nunca vi um trem desse, de começar tão cedo o processo; ainda falta muito tempo para a eleição municipal", pontuou.
Mauro, porém, seguiu dizendo que Botelho e Garcia são ótimos nomes e que espera que o presidente do parlamento permaneça fechado com o União Brasil.
PRAZO ESGOTANDO
O deputado Eduardo Botelho disse, recentemente, que espera a decisão de Mauro até o final desse mês e, caso não ocorra, vai dar adeus ao União Brasil e procurar um novo partido para concorrer ao pleito municipal. Vários, aliás, segundo conversas de bastidores, já estariam assediando o parlamentar.
"Eu espero até fim do ano, depois disso vou ver o que faço. Não posso ficar nessa indecisão, tenho o sonho de ser prefeito", disse. Botelho revelou ainda que vem mantendo diálogos com Garcia e que o colega não faz menção de recuar.
Por outro lado, fontes do UB revelam que, apesar de Fábio gozar de prestígio com o governador, é Botelho quem circula com mais desenvoltura nos encontros da cúpula partidaria.
DE SAÍDA
Fábio Garcia segue colado no governador e participou ativamente do bate-papo da manhã de hoje. Há quase seis meses no comando da Casa Civil, ele vai deixar o cargo no final do mês. Em entrevista ao RepórterMT, Fábio afirmou que nunca utilizou o posto para viabilizar seu nome.
"Eu fiz questão de separar muito bem a minha função na Casa Civil do projeto de pré-candidatura a prefeito de Cuiabá. Eu, de forma alguma, utilizei o cargo", disse.
No começo deste mês, Fabio foi exonerado da Casa Civi, mas de forma temporária, para votar na Câmara Federal a inserção das emendas parlamentares de MT. Em janeiro, o suplente de senador, que ocupa a vaga de Wellinton Fagundes em Brasília, Mauro Carvalho, reassume a Casa Civil.