Deputados detonam impunidade a bandidos e alertam para risco de mais mortes de policiais

OS comentários dos parlamentares são referentes à morte do sargento Djalma Aparecido de Jesus, que foi executado a tiros enquanto caminhada, na cidade de Pedra Preta.

Por No Hall Notícias em 26/01/2024 às 14:34:25

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT

Os deputados federais de Mato Grosso, Coronel Assis (União Brasil) e José Medeiros (PL) detonaram em entrevista ao RepórterMT, a 'inércia do Estado brasileiro' na luta contra o crime organizado, o que tem gerado impunidade à bandidagem e aumentando o risco de morte de policiais. As declarações aconteceram após o sargento da Polícia Militar, Djalma Aparecido de Jesus, ser assassinado a tiros enquanto fazia caminhada na cidade de Pedra Preta em Mato Grosso.

A execução do PM aconteceu na noite de segunda-feira (22), próximo ao centro de eventos da cidade. Os criminosos utilizaram um veículo Sandero na pra tica criminoso. Até agora, ninguém foi preso. Entretanto, um dos assassinos foi identificado como Paulo Ricardo da Silva Ferreira. Ele está sendo procurado.

Logo após o crime, Coronel Assis, que já comandou a PM mato-grossense, classificou a morte de Djalma como "covarde".

"O homicídio covarde do Sargento Djalma reflete a inércia do Estado Brasileiro na luta contra a impunidade e contra o crime organizado. Bandidos têm a certeza da impunidade, e por isso, cometem esse tipo de crime na certeza de que nada vai acontecer", declarou.

"Lamento profundamente a morte do Sargento Djalma, pois tenho certeza que dedicou sua vida por uma causa, que é a luta contra os bandidos feita pela polícia. Espero que a nossa polícia possa dar uma resposta à altura desse crime covarde, bandido tem que respeitar e temer a Lei e a polícia, não o contrário", acrescentou Assis.

Ao ser questionado sobre o caso, José Medeiros afirmou que se fosse um criminoso morto por policiais a Organização das Nações Unidas (ONU) já teria se pronunciado.

Medeiros ainda fez um alerta para mais mortes de policiais no país, tendo em vista que os profissionais da segurança passaram a ser tratados como "vilões" enquanto os criminosos, "vítimas de uma sociedade opressora".

"Policial e professor passaram a ser profissões perigosas. O crime organizado se espalhou em todo o Brasil. Cada região tem um "capo" que administra o estado paralelo, traça as estratégias e decidem quem vive e quem morre. Foram sete tiros na cabeça do policial. Se fosse o contrário até a ONU já teria se pronunciado", disse Medeiros.

"Espero que esse crime seja um caso isolado, mas infelizmente acho que não será, muitas vidas continuarão sendo ceifadas, afinal não estamos em bom momento, pois todos estão unidos contra a polícia. Vemos isso nos noticiários, bandido é sempre retratado como vítima da sociedade "opressora" e o policial como vilão", emendou.

Mudança nas leis

O RepórterMT também ouviu a deputada federal Coronel Fernanda (PL) sobre a morte de Djalma. Ela defendeu urgência na mudança das leis brasileiras para que a condenação de criminosos violentos traga "sensação real de Justiça".

"É uma situação muito triste. Precisamos reconhecer que o aumento de crimes contra os militares, assim como a escalada da violência em geral, é uma questão extremamente preocupante. A sensação de impunidade que parece persistir, em parte perpetuada pelo atual governo, somada ao baixo efetivo e às condições desafiadoras enfrentadas pelos profissionais de segurança, têm contribuído para esse aumento", disse.

"É de extrema necessidade continuarmos lutando por mudanças significativas e eficazes no combate à criminalidade. Isso inclui a necessidade urgente de que o Congresso aprove leis mais duras e efetivas que responsabilizem os criminosos e tragam uma sensação real de justiça para as vítimas e suas famílias. Precisamos fortalecer nossas forças de segurança e fornecer-lhes o apoio necessário para que possam cumprir sua missão com segurança e eficácia", emendou.

Comunicar erro

Comentários

3