Em entrevista neste segunda-feira (5), o delegado Cristian Cabral, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran) confrontou a versão dada pelo caminhoneiro Raimundo Nonato Santos Pinto,46, suspeito de matar a garota de programa identificada como Indianara. A investigação apurou que vítima e suspeito já se conheciam antes do dia do crime e tinham o celular salvo.
Indianara foi morta atropelada pelo cliente, na rodovia BR-364, na manhã de sexta-feira (2). Após o crime, o motorista fugiu e foi preso no domingo (4), na rodoviária de Rondonópolis (215 km ao sul). Ele tinha passagens compradas para fugir para Goiânia e, de lá, seguir para a Bahia.
Em seu primeiro depoimento, o homem disse que achou que a vítima era usuária de drogas e queria entrar em seu caminhão, por isso acelerou. Depois falou que não a viu batendo na porta.
Segundo apuração, o caminhoneiro já tinha o contato da vítima salvo no celular e acionou para que o atendesse por volta das 5h de sexta, no local onde estava estacionado. A trans foi ao endereço e ficou com o homem até por volta das 10h30.
Ela desceu do caminhão e ficou do lado de fora por alguns minutos, mas depois tentou entrar. Houve um desentendimento e o homem acelerou. O movimento brusco fez com que a vítima caísse e fosse atropelada pelo veículo de carga.
"A vítima era uma profissional do sexo. Já tinha contato anterior com o causador do acidente, eles tinham o contato de telefone um do outro. Por volta de 5h, ela recebeu um chamado do condutor para se encontrarem", disse o delegado.
Durante buscas pelo suspeito, a Polícia Militar, que primeiro atendeu a ocorrência, descobriu que a empresa da qual o suspeito é emprego, sabia do fato e nunca comunicou a polícia. Além disso, não forneceu dados quando foi solicitado. O que atrapalhou a apuração.
Gazeta Digital