O futuro secretário de Administração Pública da gestão da prefeita eleita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), Marcos José da Silva, foi preso e acusado de supostamente liderar um esquema de fraudes em convênios firmados entre o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe). A investigação, conduzida pela Operação "Convescote", aponta que o esquema teria desviado R$ 3 milhões dos cofres públicos, conforme o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
A reportagem tentou contato com Marcos José, mas não obteve retorno. De acordo com apuração do Jornal A Gazeta, Marcos José, servidor efetivo do TCE-MT, foi preso preventivamente em 20 de junho de 2017, durante a primeira fase da operação.
Na época, o Ministério Público Estadual (MPE) o acusou de liderar a organização criminosa ao lado de sua esposa, Jocilene Rodrigues de Assunção. Ambos respondem por crimes como organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro em continuidade delitiva e falsidade ideológica.
Segundo a denúncia, o grupo teria criado ou cooptado empresas fantasmas para celebrar contratos fictícios de prestação de serviços com órgãos públicos, incluindo a Assembleia Legislativa e o TCE. Os recursos teriam sido desviados por meio da Faespe. Em setembro deste ano, Marcos José e sua esposa firmaram um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o MPE, visando encerrar a ação penal.
A audiência para a homologação do acordo ocorreu no dia 1º de outubro na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, com o juiz João Filho de Almeida Portela. Os detalhes do que foi pactuado entre as partes não foram divulgados. Além de Marcos José, a prefeita eleita anunciou Benedito Lucas para secretário de Governo, Celso Luiz Pereira comandará a Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, e Carlos Alberto de Araújo ficará à frente da Secretaria de Assuntos Estratégicos.
O suplente de vereador Samir Bosso Katumata (PL) será o secretário de Desenvolvimento Econômico, e a jornalista Paola Carlini (PL) assumirá a Comunicação Social. Outro nome de destaque é o do padre Edson Sestari, que obteve autorização da Igreja Católica para atuar como secretário municipal de Educação.
Fonte: gazetadigital