A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis deflagrou na manhã desta segunda-feira (09) a Operação Gambino, contra uma organização criminosa envolvida no furto de cargas agrícolas na região sul de Mato Grosso. Ao todo, foram decretados 16 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, e outros 11 de bloqueios de contas bancárias.
O principal alvo, A.N.P., de 34 anos, já havia sido investigado pela Derf na Operação Grãos de Areia, há dois anos, quando a polícia identificou a existência de um grupo criminoso que atuava no furto, estelionato e fraude de cargas de soja e farelo de soja no terminal ferroviário da região sul, responsável por grande parte da produção agrícola estadual.
As investigações da Polícia Civil dão conta de que A.N.P. é um dos principais receptadores de cargas agrícolas no sul do estado. As ordens judiciais foram decretadas pela 2ª Vara Criminal de Rondonópolis.
Furto de cargas de milho
As investigações começaram depois de um furto de 4 cargas, que juntas somavam 214 mil quilos de milho, de uma fazenda, em Rondonópolis, em novembro de 2023.
Para transportar o produto, os criminosos contaram com a ajuda de um classificador de uma empresa de grãos, que forjou as ordens de serviço para que os caminhões envolvidos no esquema pudessem entrar na fazenda e tomar o milho.
Crime em família
A apuração da polícia ainda indicou que a associação criminosa, em parte, se mantém em família. Pai, irmão e esposa de A.N.P. estão entre os investigados na operação.
A Derf apontou ainda que A.N.P também realizou lavagem de dinheiro com as empresas transportadoras em nome de familiares.
Em setembro do último ano, os criminosos – pai, filho e nora – usaram caminhões das transportadoras em nome deles para cometer furto de carga no município de Guiratinga. Na ocasião, foram levadas duas cargas de uma fazenda da região. No crime, também foram utilizados documentos falsos.
A Polícia Civil identificou que 3 das 4 carretas, utilizadas no furto da carga de milho, estão em nome de empresas de transportes que pertencem aos investigados – A.N.P., seu pai e esposa.
Gambino, nome da operação, faz referência a uma das mais conhecidas famílias da máfia de Nova Iorque, com atuação na cidade norte-americana desde o início do século 20 e ramificações em diversas atividades criminosas.
Fonte: gazetadigital