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Morte de PM na frente de UPA em Cuiabá continua sem solução

Por Ana Júlia Pereira em 25/12/2024 às 08:21:17

Com mais de 26 anos trabalhando como policial militar, Odenil Alves Pedroso, 47, atuava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Morada do Ouro, no dia 27 de maio, decidiu sair para comer um lanche na frente do hospital.


Por volta das 15h, Odenil atravessava a rua e parava em frente da lanchonete. Poucos minutos depois, Raffael Amorim, 28, passou na mesma rua em uma motocicleta. Desceu do veículo e efetuou diversos disparos contra o sargento, levando consigo, sua arma.


Ele foi socorrido pelo Centro de Operações Integradas (Ciopaer) em estado gravíssimo ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas não resistiu e morreu por volta das 20h30.


No mesmo dia, o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, emitiu nota de repúdio pelo ataque ao PM e determinou uma verdadeira "caçada" ao criminoso.


O assassino foi identificado somente na noite do dia 29 de maio. O veículo e os pertences do suspeito foram apreendidos em um endereço na rua Paraná, do bairro CPA 2, onde o autor do homicídio do policial abandonou os materiais logo após cometer o crime.


No dia 3 de junho, o secretário de Estado de Segurança Pública, César Augusto Roveri, afirmou em entrevista coletiva que o crime estava próximo de ser solucionado, garantindo que as forças policias estavam próximas de localizar o atirador, porém, dois meses depois de suas declarações, o criminoso ainda não foi localizado.


Para auxiliar na busca, o governo de Mato Grosso ofereceu uma recompensa de R$ 10 mil para pessoas que fornecerem informações concretas sobre a localização de Raffael. Devido ao valor alto, a Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) recebeu uma enxurrada de informações desencontradas. Mas até momento, Raffael não foi localizado.


Na noite do dia 9 de junho, um homem responsável por ajudar na fuga de Raffael Amorim foi preso no bairro Novo Paraíso, em Cuiabá. Ele tentou fugir a pé e foi apreendido 4 quarteirões depois. Questionado, ele disse que havia fugido porque achava que estava sendo investigado por dar suporte ao responsável pela morte do policial.


Ainda segundo ele, por ser faccionado, recebeu ordem do seu líder para buscar Raffael e o deixar em uma região de chácara no bairro Nova Conquista, após isso não sabe mais nada sobre o criminoso.


Já na tarde do dia 12 de junho, o suspeito foi localizado no apartamento da irmã dele, no Bairro Izabel de Campos, em Várzea Grande. Ao avistar as viaturas, o suspeito fugiu para dentro da mata e não foi mais visto.


Foi só no dia 13 de junho que o Delegado Rodrigo Azem descartou um possível envolvimento de facção no crime e que a tese mais forte em que a polícia trabalhava, é de que o assassinato do militar tenha sido por latrocínio, o qual é o roubo seguido de morte.


Odenil deixou mulher e 3 filhos de 5, 15 e 24 anos. A esposa, Rafaely Adriane Alves, decidiu pela doação das córneas do esposo e o descreveu como uma pessoa generosa e sempre disposta a ajudar o próximo.


Rafaely contou que o marido sempre fez jornada extra e viagens para complementar a renda de casa. Policiais militares são servidores efetivos do Estado, mas podem atender a trabalho para a prefeitura nos horários de folga.


Para melhorar a renda, muitos deles abrem mão do descanso para garantir um pouco mais de conforto à família por meio da renda extra com o serviço, já que o salário da PM estava defasado. No caso do sargento Odenil, ele trabalhava na segurança da UPA Morada do Ouro, onde foi baleado.

Fonte: gazetadigital

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