O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a autoridade do chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre os atos normativos dos ministérios, em uma declaração que serviu como um recado direto aos seus ministros. A fala ocorre dias após o governo enfrentar um dos maiores desgastes recentes, motivado por rumores de que o Executivo planejava taxar o Pix. Os boatos, amplamente disseminados pela oposição, tiveram origem em um ato da Receita Federal que buscava apenas ampliar a fiscalização sobre transações financeiras.
O episódio gerou repercussões negativas e colocou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma posição delicada dentro do governo, conforme revelou o Estadão/Broadcast. Haddad, alvo de críticas, teve que lidar com o impacto político da desinformação, o que acendeu um alerta na gestão petista sobre a necessidade de maior controle e alinhamento na comunicação e na aprovação de medidas ministeriais.
Diante da situação, Lula foi enfático ao cobrar mais disciplina e coordenação dos ministros. "A partir de agora, é dedicação total. Mais do que vocês já tiveram até aqui. Nenhum ministro poderá emitir portarias ou adotar medidas que gerem confusão sem antes submetê-las à Presidência da República, por meio da Casa Civil", declarou o presidente em tom firme.
A decisão busca evitar futuros desgastes políticos e reforçar a centralização das decisões estratégicas no governo. A orientação de Lula reflete uma tentativa de alinhar as ações dos ministérios para garantir que todas as medidas sejam cuidadosamente avaliadas antes de serem anunciadas, evitando interpretações equivocadas ou a propagação de informações falsas pela oposição.
Além disso, a medida reafirma o protagonismo da Casa Civil, liderada por Rui Costa, como instância essencial para o planejamento e execução das políticas públicas do governo. Com essa diretriz, Lula espera consolidar uma gestão mais integrada e evitar ruídos que possam comprometer a agenda do governo federal.
Fonte: Gazeta digital