Pastor desiste de concorrer à Cuiabá e foca em disputar cargo no Senado

Após o Partido Renovação Democrática (PRD) de Mato Grosso anular sua pré-candidatura a prefeito de Cuiabá, o pastor Marcos Ritela decidiu buscar abrigo no Partido Novo e já mira em projeto diferente para as eleições de 2026: uma disputa ao Senado. Derrotado nas eleições estaduais em 2022, ele tentará o Legislativo.

Ritela, que estreou seu nome nas urnas como candidato ao governo do Estado em 2022, agora será cabo eleitoral do empresário Reginaldo Teixeira (Novo) na corrida ao Alencastro. Em entrevista ao GD na terça-feira (23), o líder religioso endossou o discurso sobre a necessidade de manter a "direita unida".

"Conversamos com o grupo e optamos pela união da direita. A gente não pode ficar dividido e cair na mão do sistema. Sentei com o Partido Novo para ter uma garantia para 2026. Eles têm uma política que enquadra com o nosso projeto. Então vamos trabalhar para esse projeto de 2026 e apoiar o Reginaldo em 2024", alegou.

Ritela disputou o governo do Estado em 2022 pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ficando em terceiro lugar com 14,34% dos votos, ou seja, 233.543 votos. Contudo, nesse ano a sigla a qual o pastor estava filiado se fundiu com o Patriota, dando origem ao PRD.

Até então, Ritela pretendia disputar a Prefeitura de Cuiabá pela legenda com apoio do vereador Kassio Coelho (Podemos), que era cotado para ser o dirigente do partido. Entretanto, após articulação do governador Mauro Mendes (União), o ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, foi quem assumiu o comando do PRD.

Em Cuiabá, a sigla vai apoiar a candidatura do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho, o que acabou enterrando o projeto que era construído por Ritela.

Em um novo momento, o pastor alega estar "melhor preparado" para uma disputa futura. Até mesmo contra o chefe do Palácio Paiaguás, que também é cotado para disputar uma cadeira no Senado Federal em 2026.

"Hoje me vejo mais preparado. Em 2022 a gente não tinha uma experiência e não sabia como funcionava essa questão política. Me vejo mais preparado para enfrentar o governador ou quem é que for que seja o corrente. Eles que se preparem, porque agora a gente tem informações e todo conhecimento de como eles estão tocando a máquina e se favorecendo", finalizou.