As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, como apontam dados do Ministério da Saúde. Em muitos casos, porém, a saúde do coração preocupa apenas os mais velhos, o que é um pensamento equivocado. Estudos recentes mostram crescimento acima da média da ocorrência em jovens.
Nos 15 últimos anos, os registros de infarto por mês mais que dobraram no Brasil, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Sendo que, entre jovens de no máximo 30 anos, o crescimento foi 10% acima da média.
Este aumento entre os mais jovens preocupa os médicos. Neste 29 de setembro, comemora-se o Dia do Coração. O GD traz cuidados e prevenções para os brasileiros de todas as idades preservarem a saúde do coração.
Para a cardiologista Ana Bárbara Travain, o aumento de doenças cardiovasculares está associado, em grande parte, aos maus hábitos, como o consumo de ultraprocessados e sedentarismo.
"O que mais se relaciona a esse aumento de problemas cardíacos são os hábitos, o estilo de vida que a gente tem hoje em dia. Muito estresse, muito consumo de comida não saudável, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, entre eles os cigarros eletrônicos", explica.
A médica recomenda que os mais jovens façam uma avaliação cardiológica ao menos uma vez, especialmente em casos de sedentários que irão começar alguma atividade física. Ao GD, ela listou hábitos saudáveis para prevenir as doenças no coração.
"Hábitos saudáveis seriam atividade física regular, alimentação balanceada que tenha mais alimentos naturais e frescos em vez de enlatados e industrializados em exagero, redução no consumo de bebida alcoólica, não fumar (o cigarro convencional nem o eletrônico) e regular o estresse", indica.
Segundo a cardiologista, alguns sintomas devem acender um alerta para procurar um especialista, especialmente quando eles acontecem durante esforços que antes não causavam desconforto. São eles: dor no peito, falta de ar, tontura, cansaço, percepção de alteração no ritmo cardíaco e episódios de palpitação no coração.
Fonte: Gazeta Digital