Após recuar de sua candidatura à presidência da Câmara de Cuiabá para apoiar o projeto de reeleição de Chico 2000 (PL), o vereador Jeferson Siqueira (PSD) negou ter sido usado como "boi de piranha" nas articulações da disputa pela Mesa Diretora.
O termo citado pelo parlamentar é uma expressão popular antiga e se refere à situação onde um bem menor é sacrificado por bem maior. Nas articulações do Legislativo, essa dinâmica se traduziria no lançamento prematuro da candidatura de Jeferson, como ocorreu há algumas pessoas, para viabilizar o nome do atual chefe da Casa de Leis, só oficializada nesta terça-feira (17).
"Não é pra mim essa expressão, pelo contrário, vocês viram a luta que foi desde o início com ataques pessoais, acusações infundadas", disse ao justificar sua desistência para a imprensa.
O líder religioso ainda disse ter sido difamado pelo prefeito eleito Abilio Brunini (PL) após o futuro gestor supor que membros do Comando Vermelho estariam influenciando nas articulações. "Desde o começo eu fui escolhido pelo prefeito Abilio para não ser o presidente da Casa e sofri vários ataques", pontuou.
Jeferson pontuou ainda que Chico 2000 é veterano na Casa e por isso teria "preferência" nas articulações. O vereador ainda disse que, agora, fora da disputa pela maior cadeira do Parlamento Municipal, não pretende compor em nenhum cargo da mesa.
"Desde o início nós salientamos que o mais importante seria a manutenção da independência da casa. Tivemos um momento complicado. Após uma análise, entendemos que deveríamos fazer essa composição com ele [Chico 2000]. Desde o início eu deixei transparente que o objetivo era ser presidente, mas para que ele tenha a liberdade de construir a chapa e compor com aliados, eu decidi tirar meu nome", disse.
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