Novo comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, o coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, enfim assumiu o cargo na manhã desta sexta-feira (29). No evento de troca de comando ele afirmou que deve fazer algumas alterações de cargos na corporação e indicou que não será feito o chamamento de mais policiais militares neste momento.
Em entrevista à imprensa o coronel Cláudio Fernando disse que existem cargos, como o terceiro na linha de comando, que ainda não forma definidos, enquanto outros, como o caso do coronel Ronaldo Roque da Silva, deve ser mantido o Comando de Policiamento Especializado (CPE). Pelo menos um novo nome já foi confirmado e outras alterações devem ocorrer.
"Está aqui do meu lado o meu '02', coronel Dorileo, que tem vasta experiência, está preparado para estar junto conosco, entregar um bom serviço para a sociedade mato-grossense. (...) Primeira coisa, a gente não pode chegar e não respeitar a história dos profissionais que já estão aí. Logicamente existem algumas funções que são de extrema confiança e que para o momento a gente precisa de alguma especificidade na carreira, no talento daquela pessoa para que a gente possa entregar, mas é importante ressaltar que todos os coronéis todos os policiais militares, praças, oficiais irão comandar a Polícia Militar junto comigo", disse.
Ao ser questionado se o governador lhe fez algum pedido ao escolhê-lo, Tinoco apenas disse que Mauro Mendes apenas pediu "lealdade". No entanto, o coronel deixou claro que isso não quer dizer que esta era uma característica que o antigo comandante não tinha.
"Eu acredito que a gestão anterior, como as outras gestões, contribuíram muito para a Polícia Militar. Eu tenho que olhar para frente e procurar cumprir com o meu papel. Eu preciso entregar a Polícia Militar, no final do ciclo que eu estarei daqui um tempo muito, melhor do que recebi hoje. Posso cometer erros também como outros colegas possam ter cometidos, mas tenho certeza que vou ter muitos acertos".
Sobre o chamamento de novos policiais militares, o coronel Tinoco indicou que, ao menos neste momento, não deverá ocorrer novas nomeações.
"Nós temos hoje um estado equilibrado (...). Eu preciso valorizar os homens que estão aqui dentro. É lógico que todos nós queremos ter mais colegas, mas tudo isso deve ser levado em consideração com muita prudência, para que nós não tenhamos outros efeitos colaterais dentro da instituição".
Também presente no evento, o governador Mauro Mendes disse que foi "iluminado por Deus" para escolher o nome de Tinoco. Ele reforçou que mudanças são necessárias e esta faz parte de uma estratégia de combate à criminalidade.
"Toda a mudança ela é necessária. Um dia eu sairei daqui, todos sairemos, nada na vida é eterno, nem a própria vida. Então é muito natural que hajam mudanças, nós estamos fazendo isso para que haja uma reoxigenação, não só da polícia militar, mas tem outras mudanças acontecendo na segurança pública e todas elas para que nós possamos ter um ambiente melhor de enfrentamento ao crime organizado e aos criminosos no estado de Mato Grosso".
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