Um trecho de 33 quilômetros, percorrido em aproximadamente 1h20, da rodovia MT-246, continua um pesadelo para motoristas que há um ano, que será completado na próxima semana, precisam utilizar o caminho como rota alternativa entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães. As obras da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) pavimentaram apenas 13 km em 12 meses, enquanto o resto do caminho é arenoso, com diversos casos de veículos atolados pelo percurso.
Em 13 de dezembro de 2023, veículos de carga foram proibidos de trafegar na MT-251, no Portão do Inferno, devido aos deslizamentos das encostas do paredão, além dos riscos que envolvem a estrutura da rodovia. Desde então, a principal rota alternativa é a MT-246, entre a MT-020 (Água Fria) e a MT-351 (Estrada de Manso). A equipe de reportagem do Jornal A Gazeta percorreu o trajeto e constatou as dificuldades que permanecem ao longo do último ano.
Quem segue sentido ao Distrito de Água Fria, a partir da estrada de Manso, já se depara com um trajeto preocupante. Sem qualquer pavimentação e com um solo totalmente arenoso, os veículos que enfrentam o caminho devem passar com cuidado e baixa velocidade.
Durante grande parte do percurso não tem qualquer sinalização na rodovia e o motorista segue pela parte que acredita ser o melhor caminho. Na tarde de quarta-feira (04), a reportagem estava no trajeto durante uma chuva, encontrou uma poça que tomou todo o caminho de passagem e se deparou com o receio que muitos motoristas enfrentam. Se continuar o trajeto há o risco de atolar e ficar preso sem sinal de telefone e internet, na espera que um próximo veículo passe pelo local e possa ajudar. Não tem qualquer iluminação na via e, durante a noite, os riscos são garantidos.
Durante os 20 km sem pavimentação, apenas alguns trechos estão bem compactados e com brita, melhorando a passagem. Com vários aclives e declives, há trechos estreitos e apenas um veículo consegue passar por vez.
O prazo da obra é de 18 meses, ou seja, ainda faltam cerca de sete meses para acabar. Na quarta-feira, a partir das 15h, durante todo o trajeto e quando ainda não havia chuva, foram encontrados dezenas de maquinários parados, assim como os trabalhadores. Apenas alguns homens estavam atuando em pequenos trechos da via.
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