Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá aprovou o relatório que pede a cassação do vereador Paulo Henrique (MDB), nesta sexta-feira (6). O parlamentar responde a um processo disciplinar por envolvimento com o crime organizado.
No início da reunião, o presidente da Comissão de Ética, vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania) disse que o colegiado deu oportunidade para que o investigado apresentasse sua defesa, o que não ocorreu.
"Tentamos toda a ampla defesa ao vereador Paulo Henrique, temos todas as notificações expedidas ao vereador Paulo Henrique, a funcionária dele também recebeu a notificação. Tudo quanto é tipo de manobra que tentarem fazer para dizer que o veredor não teve o direito a defesa cai por terra", vereador Rodrigo Arruda e Sá.
Paulo foi alvo da Operação Ragnatela, acusado de ter recebido benefícios financeiros do grupo para facilitar a liberação de licenças aos eventos realizados para o Comando Vermelho. Ele foi afastado cargo de vereador por decisão da Justiça, que também o tornou réu após investigações.
Durante a leitura do relatório, Arruda destacou informações do inquérito policial que demonstraram como o emedebista utilizava-se do cargo para beneficiar o crime.
"Conforme relatório final da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso, Paulo Henrique foi citado da seguinte maneira: "Paulo Henrique utilizava-se de sua influência como vereador de Cuiabá para ajudar o grupo a conquistar licenças necessárias para realizações do ajuda, recebendo vantagens financeiras... Paulo Henrique cooptou o secretário-adjunto da Secretaria de Ordem Pública e Defesa Civil Benedito Alfredo para auxiliar o grupo durante as fiscalizações", acrescentou.
Ao final da leitura, o documento foi aprovado pelos membros: Kássio Coelho (Podemos) e Wilsoson Kero Kero (PMB). O relatório agora será encaminhado para apreciação do plenário.
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