A poucos dias do Natal e Ano Novo, setores de comércio e serviços se preparam para a alta movimentação de clientes em busca artigos para presentes. Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT) aponta que pouco mais de R$ 474 milhões devem ser injetados na economia do estado impulsionados pelo período das festas de fim de ano.
Quase metade (48%) dos consumidores entrevistados deverão gastar cerca de R$ 500 nas compras. O crescimento na demanda é a oportunidade ideal para que os empresários reforcem seus estoques com novas tendências para capitalizar no momento mais quente para o comércio. As lojas localizadas no centro devem ser as mais beneficiadas: aproximadamente 58% da população farão suas compras nas áreas mais movimentadas.
Outros 14,1% pretendem comprar via e-commerce, seguido das lojas em shoppings centers, com 13,5%. O comerciante Roberto Peron, proprietário da loja Mercadão da Malha, na região central da capital, projeta aumento de 5% no faturamento em relação ao ano anterior.
"A busca por produtos no início do mês foi muito grande, o que nos traz muito otimismo. Além disso, com o pagamento da segunda parcela do 13º salário na próxima semana - dinheiro que, costumeiramente, é totalmente destinado para as compras -, a tendência é que o fluxo seja ainda mais intenso na véspera do Natal".
Roupas, acessórios, brinquedos e eletroeletrônicos devem ser os produtos mais requisitados pelos mato-grossenses, indica a pesquisa. Em relação à forma de pagamento, o cartão de crédito segue sendo o meio mais utilizado na hora das compras, usado por 6 em cada 10 consumidores. Em seguida, aparecem o Pix (21,6%), dinheiro (6,6%) e cartão de débito (6%).
VAREJO EM ALTA
Boletim divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 6 das 8 atividades do comércio varejista números positivos de vendas na passagem de setembro para outubro de 2024, totalizando alta de 0,4%. De acordo com o analista Cristiano Santos, responsável pelo estudo, o mercado de trabalho aquecido é o principal fator para fomentar o consumo. "A massa de rendimento e o número de pessoas ocupadas cresceram.
Por outro lado, alguns outros fatores reduzem esse estímulo, como o crédito à pessoa física -que estava crescendo, mas recuou com a escalada da taxa de juros - e a inflação - que teve impacto negativo no varejo em outubro decorrente do aumento nos preços da alimentação no domicílio, o que reduziu o desempenho do setor de supermercados".
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