Estado concede mais 5 dias para o Consórcio BRT apresentar esclarecimentos.

Com o prazo original vencendo nesta quarta-feira (12), o governador Mauro Mendes (União) concedeu mais cinco dias ao Consórcio BRT para que forneça explicações sobre os atrasos nas obras do Bus Rapid Transit (BRT). Esta é a segunda data limite estabelecida para que a empreiteira responsável pelo projeto justifique o atraso na execução do modal de transporte em Cuiabá. No anúncio do rompimento do contrato, o chefe do Executivo estadual já indicou que está considerando um "plano B" para a conclusão da obra.

De acordo com informações apuradas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), o aumento do prazo foi concedido devido à "complexidade do caso" e para assegurar o direito ao contraditório. Assim, o Consórcio BRT terá até o dia 19 de fevereiro para apresentar sua defesa e justificativa em resposta à notificação de rescisão do contrato, conforme estabelecido pela Sinfra.

Nas últimas semanas, o governador tem expressado insatisfação com o andamento das obras do BRT na capital. Ao anunciar o rompimento do contrato com a empresa responsável, ele destacou os frequentes atrasos e a má execução dos serviços, que foram determinantes para que o Estado buscasse alternativas com outras empresas para dar continuidade ao projeto.

Após o comunicado oficial de rescisão, o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, sugeriu uma parceria entre o Município e o Estado para a conclusão da obra. Contudo, algumas lideranças políticas já manifestaram receio de que o projeto do BRT siga o mesmo caminho do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que, após anos de inacabamento, foi vendido para a Bahia sem que os cuiabanos tivessem acesso ao sistema de transporte, mesmo após um investimento de quase R$ 1 bilhão.

Diante de todo o contexto, a continuidade e a execução eficiente do BRT permanecem em xeque, e a população aguarda respostas concretas sobre o futuro do transporte coletivo na capital.