Autoridades investigam um possível acordo entre o PCC (PCC) e o CV (CV), duas das maiores facções criminosas do Brasil. A aliança, se confirmada, representaria uma grave ameaça à segurança pública.
A investigação se baseia em mensagens interceptadas e gravações telefônicas. Em uma das mensagens, o PCC confirma a aliança com o CV, proibindo homicídios entre membros das duas facções em todo o território nacional. Outra mensagem indica que, desde 11 de fevereiro de 2025, o CV vetou ataques contra o PCC.
O promotor Lincoln Gakiya, especialista em investigações do PCC, confirmou que a trégua entre as facções já é uma realidade nas principais capitais brasileiras.
"No Rio de Janeiro e em São Paulo já houve essa trégua", disse Gakiya. "A união das duas maiores organizações criminosas do país pode levar a um incremento no tráfico internacional de cocaína, no tráfico de armas para o Brasil. É um compartilhamento de rotas e, sobretudo, fortalecimento ainda maior dessas organizações criminosas." concluiu o promotor.
As penitenciárias federais, localizadas em cidades como Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO), Mossoró (RN) e Brasília (DF), abrigam líderes de ambos os grupos, como Marcola (PCC) e Fernandinho Beira-Mar (CV). A estratégia de dispersão dos membros das facções, por meio da localização dessas prisões em diferentes estados, parece ineficaz diante da possibilidade de um acordo de cooperação.
O acordo visa fortalecer as duas facções, facilitando a negociação de condições mais favoráveis para presos de alta periculosidade no sistema penitenciário federal. As condições de detenção nas penitenciárias federais são rigorosas: celas pequenas (6 metros quadrados), com estrutura mínima, visitas restritas a parlatórios ou videoconferências e controle de energia elétrica.
Além das mensagens e gravações, a investigação inclui registros de conversas entre os detentos e seus advogados, autorizados judicialmente. Essas gravações podem fornecer mais detalhes sobre os planos e a extensão da aliança entre o PCC e o CV.
A situação exige atenção e ações enérgicas por parte das autoridades para combater o crime organizado e garantir a segurança da população brasileira.
*Reportagem produzida com auxílio de IA