O mercado financeiro reage com otimismo à revisão das projeções para o dólar em 2025, divulgada pela XP. A instituição financeira agora estima que a moeda americana ficará em patamares mais baixos em relação ao real do que o previsto anteriormente. A projeção para o fim de 2025 foi ajustada de R$ 6,20 para R$ 6,00, e a estimativa para 2026 passou de R$ 6,40 para R$ 6,20.
A XP traçou cinco cenários para o câmbio até o final de 2025, utilizando modelagem econométrica. O cenário mais otimista aponta para R$ 5,40, enquanto o intermediário está em R$ 5,75. O cenário base é de R$ 5,90, com outro cenário intermediário em R$ 6,00. O cenário mais pessimista prevê R$ 6,45.
A análise da XP considera flutuações de curto prazo, influenciadas pelo risco do mercado doméstico. A instituição destaca que o índice dólar perdeu importância como fator observado no final de janeiro, em contrapartida ao índice de commodities CRB, que tem exercido influência desde novembro de 2024.
A equipe econômica da XP ressalta que o modelo de Taxa de Câmbio Efetiva indica que os fundamentos econômicos justificariam um real mais valorizado.
"A taxa de câmbio 'equilibrada' estaria no intervalo de aproximadamente BRL/USD 5,15 a BRL/USD 5,60, com uma média de cerca de BRL/USD 5,45".
Apesar da perspectiva de valorização do real, os economistas da XP alertam que a taxa de câmbio nominal permanecerá sob pressão no curto prazo. O relatório aponta que o real se distanciou de outras moedas de mercados emergentes desde meados de 2024, apresentando uma correlação mais fraca em meio ao aumento da incerteza doméstica, similar ao observado em ciclos eleitorais anteriores.
Essa análise da XP surge em um momento em que o governo Lula busca consolidar a economia brasileira, enfrentando desafios internos e externos. A política econômica adotada e a instabilidade política no Brasil são fatores que podem influenciar o desempenho do real frente ao dólar.
Investidores e analistas seguem atentos aos próximos desdobramentos do cenário econômico, buscando oportunidades e proteção em meio à volatilidade do mercado cambial. A postura do Banco Central e as decisões políticas em Brasília continuarão a ditar o ritmo do Ibovespa e do câmbio nos próximos meses.
*Reportagem produzida com auxílio de IA